Como surgiu Mantenópolis
1928 – O Sr. Alexandrino Ribeiro da Silva passou a morar nesta localidade, e graças a sua boa vontade e de outras pessoas que aqui passaram a residir, sendo os senhores: Antônio Nóia de Oliveira, Teotônio José da Silveira, Pedro Manoel do Bonfim, José Vicente Teodoro, Manoel Novais de Lacerda, José Cardoso Fillho, Antônio Moreira Daniel e Francisco Fernandes de Oliveira, deram início ao corte das árvores, para que as casa dos fazendeiros pudessem ser construídas e as plantações fossem realizadas, porque esse espaço ainda era todo ocupado pela mata. Daí começaram a surgir as primeiras fazendas, e outras pessoas chegaram para trabalhar como meeiros nas plantações, transformando aquele lugar que antes era reservado somente aos fazendeiros que mencionamos no início, em uma pequena aldeia.
1948 – Esta localidade pertencia ao município de Barra de São Francisco, e era visitada, periodicamente pelo Tenente Floriano Lopes Rubim. Dado ao aparecimento de pessoas mineiras para explorar, na propriedade do Senhor Pedro Manoel, uma valiosa descoberta de lavra de pedras coradas e cristal, em agosto de 1948, o Tenente Floriano Lopes Rubim enviou um radiograma ao Sr. Carlos Lindemberg, solicitando em nome dos moradores aqui existentes, a criação do patrimônio que, futuramente, seria a cidade de Mantena, com o nome de Mantenópolis, segundo era o desejo dos mineiros, que sonhavam ocupar este espaço de terra. Graças ao pedido do Tenente Floriano Lopes Rubim, foi criado e instalado o patrimônio de Mantenópolis, em obediência à Lei n.º. 1711, artigos 49 e 53, confirmada em 11 de agosto de 1948.
1949 – A Delegacia de Terras oficializou a área de 59.272 m em 21 de janeiro de 1949, destinada ao patrinônio de Mantenópolis, que passaria a se integrar ao município de Barra de São Francisco.
1951 – Neste ano, Minas Gerais queria tomar Mantenópolis. Militares ficavam na fronteira para ajudar no combate. Havia também os bate paus, que eram pessoas que se armavam de paus e espingardas e se propunham a ajudar o grupo de populares. Houve um grande conflito entre Minas Gerais e o Espírito Santo, pois os dois estados corriam atrás dessa região. Havia um laudo do Exército Brasileiro que dizia que a divisa de Minas Gerais com Espírito Santo passava pela Serra dos Aimorés e que de acordo com as informações, se fechava entre Itabirinha de Mantena e Mendes Pimentel, De acordo com o laudo, pertenciam ao Estado do Espírito Santo: Mantenópolis, Ametista, Itabirinha de Mantena, Ariranha, Limeira, Boa União e Divino das Palmeiraas, conhecido como Canivete. E, todos esses povoados pertenciam ao nosso município. Mas Minas Gerais não queria respeitar. Criou-se a situação de zona litigiosa, porque não tinha surgido um outro nome definido. O conflito foi criado porque cada um dos estados queria essa terra, e a disputa durou vários anos, ou seja, houve um Contestado Estadual por mais ou menos 18 a 20 anos. Na época das eleições era preciso a força do Exército para garantir as eleições, Mantenópolis era uma zona contestada, uma região de fronteiras, por isso, precisava sustentar o cumprimento da lei nas eleições. Existia na época dois policiamentos, um do Espírito Santo e outro de Minas Gerais, e também recebia-se a visita de dois padres, um do Espírito Santo e outro de Minas Gerais. Devido ao contestado aconteceram muitas injustiças, muitas mortes, as pessoas matavam aqui e procuravam proteção em Minas Gerais, ou seja, em outra comarca. Matavam em Minas Gerais e procuravam apoio no Espírito Santo. Os conflitos não terminavam devido a esse contestado.
1952 – Nesse ano é autorizado o funcionamento da primeira escola de Mantenólois, a EPG Professora Adelina Lírio.
1953 – Tendo em vista o progresso da região, o Tenente Floriano Lopes Rubim, que era político, submeteu à Assembléia Legislativa um Projeto de Lei, dispondo sobre a criação do Município de Mantenópolis, após ter reunido com as grandes lideranças da época. É importante lembrar que essa reunião foi realizada sob a direção do então Tenente Floriano, com o valioso apoio do vereador Vicente Amaro da Silva, e de colonizadores pioneiros da localidade, decidindo que o local ideal para a nova cidade seria a região que é hoje ocupada pelo município de Mantenópolis. Foi necessário muito estudo e uma firme decisão a respeito, porque era um desejo das autoridades que a sede da cidade fosse fixada em Ametista, que também pertencia à zona contestada, como era chamada. Devido à grande enchente que houve naquele local, que derrubou muitas casas,trazendo grandes prejuízos para a vila, motivando - se a criação da cidade nesta localização, que ficou sendo a sede do município. Em 29 de dezembro de 1953, foi criado o município de Mantenópolis, desmembrando de Barra de São Francisco o seu território, em obediência ao que dispõe a Lei n.º. 779, que acatou o pedido dos habitantes que aqui residiam.
1954 – Em 07 de janeiro de 1954, foi instalada a cidade de Mantenópolis, que desde a sua criação, foi dirigida pelo Dr. Edísio da Costa Cisnes. Tendo este, cometido o suicídio, foi designado pelo Governador do Estado, na época, um Militar até que fosse eleito o primeiro prefeito do município. Em 03 de outubro do corrente ano ocorreu a eleição do primeiro prefeito de Mantenópolis, o Sr. Vicente Amaro da Silva.
1955 – Aos vinte e cinco dias do mês de agosto de mil, novecentos e cinquenta e cinco, ocorreu a solenidade relativa à instalação da comarca de Mantenópolis, de acordo com a Lei n.º. 926 de 08 de julho de 1955.
1959 – No dia 06 de março de 1959, foi criada a Paróquia, que teve como primeiro pároco o Padre Ângelo di Prisco.
1963 – O prefeito Joaquim Barreto Neto, foi substituído pelo pelo seu vice, o Sr. Sebastião de Almeida Rodrigues no meio da mandato; tornando-se assim o primeiro prefeito do Brasil a ser caçado. Joaquim Barreto Neto teve o se mandato caçado por deixar de prestar contas, não tinha acessoria que o ajudasse, mesmo depois de solicitado, não tinha balancete e nenhuma escrituração. Dizem que era um indivíduo bastante arrogante, que dizia não precisar prestar contas. Após haver uma passeata com a participação de estudantes e de membros da comunidade pedindo pelo seu afastamento, a câmara decidiu caçar o seu mandato. Também no ano de 1963, surgiu o Sindicato dos trabalhadores Rurais de Mantenópolis. A década de 60 foi marcada também por uma grande perseguição aos protestantes da cidade, Ao católicos apedrejavam as Igrejas Evangélicas. Liderados pelo Padre Ângelo di Prisco, muitos católicos tentaram juntar todas as bíblias que existiam na cidade para fazer uma fogueira. Na ocasião, o Pastor Joaquim José da Silva foi avisado que seriam queimadas em praça pública uma grande quantidade de bíblias, saiu correndo para o local. Ao chegar, a fogueira de bíblias estava sendo guarnecida por dois policiais, ele então, não tomou conhecimento dos policiais, aproximou-se da fogueira e dela retirou uma bíblia que ainda não tinha sido totalmente destruída pelo fogo. Esta bíblia ainda se encontra na casa de familiares do Pastor Joaquim José da Silva.
1969 – Construção da Praça Dom Luiz.
1974 – Fundação do Fórum no município de Mantenópolis, no mandato do Sr. Osvaldo Chaves, um convênio da Prefeitura com o Estado.
1975 – Construção da Sociedade Beneficente São Vicente de Paula ( creche).
1977 – Construção 1.º. e 2.º. Graus Job Pimentel
1986 – Construção do Asfalto ligando Mantenópolis à capital do Estado, Vitória, no mandato do governador Gerson Camata.
1989 – Restauração da Praça Dom Luiz
1990 – Morte de Atílio Venturim.
1992 – Morte do Padre Pedro Pase, iluminação e calçamento da Avenida Presidente Vargas
1996 – Fundação da Ordem Demoley da Loja Maçonica de Mantenópolis.
1997 – Fundação da CDL ( Câmara dos Dirigentes Lojistas de Mantenópolis ), um grande marco para o comércio da cidade.